sexta-feira, 30 de maio de 2008

Maio de 68, a semente plantada frutificará


Sonho que se sonha só, não passa de um sonho, mas sonho que sonhamos juntos torna-se realidade. Maio de 1968. Milhares de jovens, artistas, padres e freiras foram à rua, com o objetivo de conquistar uma libertação cultural, artística e, principalmente, política, que no Brasil era reprimida pela ditadura militar.

Naquele ano, Lourdes Maciel, hoje com 72 anos, estudante de jornalismo, já era casada e mãe de quatro filhos e morava em Aiuruoca, sul de Minas. "Não cheguei a participar de nenhuma manifestação, mas alguns amigos que moravam no Rio de Janeiro e São Paulo sofreram muita repressão", disse Lourdes.

"Lembro-me que havia um grupo, muito pequeno, na cidade do qual fazia parte. Reuníamos para conversar sobre o que se passava, de maneira clandestina, a cada dia na casa de um colega diferente, pois vivíamos uma época de mordaça, de tolhimento total da nossa liberdade de expressão", diz Lourdes.

Segundo a estudante de jornalismo, juventude é juventude em qualquer tempo e lugar. Para ela, a diferença que existe entre os jovens da década de 60 e a atual é o contexto social, político, econômico e religioso. "Antes os jovens se comportavam de acordo com os padrões que a sociedade exigia e que a escola moldava, hoje a realidade é outra", afirma.

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